quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A gordinha bonita

Kailee O'Sullivan, plus size model

Quem já sofreu este drama levante a mão! - eu de mão no ar, em modo mau feitio.

Têm 16 anos, estão numa loja de roupa/perfumaria/spa e a funcionária para vocês: "Ai, é tão bonita! Já pensou como ficava ainda mais se perdesse uns quilinhos?"

Vão no cortejo da Queima das Fitas, uma desconhecida na assistência: "Oh que pena, mas que grande pena uma cara tão bonita e o corpo estraga tudo" (sim, aconteceu).

Começaram a trabalhar há uns meses e uma colega mais velha com quem não têm confiança: "Tens que perder peso, com uma cara tão linda..."

Monitor no ginásio: "Tanta chicha para uma cara tão engraçada, vamos lá a perder isso!"

Amigo dos pais: "A Nut-ella tem que emagrecer, é que a juventude leva a beleza e a partir de uma certa idade é o corpo que conta."

Mas que raio?? Então por ter, alegadamente, um palminho de cara, temos o dever acrescido de ser todas bouas? Estamos como que a desperdiçar a nossa radiante beleza facial num corpo com pneus e celulite? Uma coisa não conta se não for associada a outra? Andam praí a dizer aos trambolhos de corpo jeitoso que com aquele corpaço deviam ir à faca arranjar a cara? E o que é que vocês, desconhecidos ou pessoas de pouca confiança connosco, têm a ver com isso?!

Eu acredito que a intenção até seja boa - de motivar a ficar ainda melhor -, mas o efeito é exactamente o contrário, uma pessoa fica com a auto-estima arrasada, a sentir-se mal com o que é e com o que os outros pensam de si. Além do que a eficácia do comentário é mínima: se alguém decide emagrecer será nos seus próprios termos e pelos seus próprios motivos, não por algum comentário mais ou menos maldoso.

Não percebem que toda a gente tem os seus pontos fortes e fracos, sendo bonita e única à sua própria maneira?

Mesmo que umas belezas sejam mais óbvias que outras ;)
Muaahh para todos!

a hora do lobo - desgraça total!


Pois é amiguinhos...

Fui vítima dessa tragédia que assola pessoas que tentam perder peso, portam-se muito bem durante todo o dia, sentem-se certinhas e contentes e depois...chegam a casa. Falo da temida hora do lobo!

Eu, ao chegar a casa
Chegar a casa depois de um duro dia de trabalho, cansada e esfomeada (já em estado natural, imaginai em dieta restrita). Tirar os sapatos, ser recebida alegremente por Cão. Brincar com Cão, receber beijinhos de Cão, atirar bolinha a Cão. Desligar o cérebro. Ligar um pouco a TV. São 18:30, 19:00 horas, demasiado cedo para jantar. Já tinha lanchado no trabalho. E uma vozinha no cérebro, irritante e persistente: "Tens fome. Estás cheia de fome. Fome. No frigorífico há coisas boas. FOME!". Já sei que estou tramada - levanto-me e como duas tostas integrais com becel magra e fiambre de aves. Perfeitamente razoável, não é? A vozinha não acha. "Continuas cheia de fome. Vai comer. Já perdeste uns quilos, não vai fazer mal. Come mais tostas. Come queijo." Então obedeci. Comi quatro fatias de queijo mozzarella (o meu favorito) e mais cinco ou seis tostas, compulsivamente.

Ou seja, depois de um dia a esforçar-me tanto e a fazer este programa nazi, perdi apenas 100 gramas de ontem para hoje. O que seria bom numa dieta normal, mas nesta não é. 

Isto não pode voltar a acontecer! Também sofrem de hora do lobo? O que fazem para a combater??

Entretanto fica aqui a foto do pequeno-almoço de hoje: café com leite magro e bolinho (inho, inho, inho) de frutas:

mini mini mini queque. mas soube bem.
Hoje tenho para o resto do dia:

Meio manhã: 2 bolachas de frutos vermelhos + chá
Almoço: Atum com legumes + café
Lanche I: Creme de chocolate
Lanche II: Creme de baunilha com canela*
Jantar: Sopa + queijinho fresco* + 2 morangos*

Os itens assinalados com * não fazem parte do programa, foram adicionados por mim.

Boas dietas!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Lanche, where are you?


Caraças, pá! Vocês digam lá se isto é lanche que se veja!

Duas destas e uma chávena de chá - a moeda é para verem o tamanho, não para comer. Ainda não estou assim TÃO desesperada (mas pouco falta)
Eu adoro o lanche, e adoro lanchar. É a altura do dia em que tenho mais fome (desde as 15:30 até às 19:00...LOL) e a refeição que mais associo a coisas boas - isto antes de existir o brunch, que depois veio para empatar. Por isso prefiro fazer dois lanches e depois não cear, já que à noite o meu voraz apetite se desvanece um pouco.

Talvez tenha lido demasiados livros d' Os Cinco quando era piquena (aqueles lanches e piqueniques que eles faziam...épicos e epicamente descritos pela querida Enid Blyton), ou então é uma recordação remota dos tempos de infância, mas lanche para mim é sinónimo de scones com manteiga e doce, de chocolate quente e uma torradinha, de taça de chocapic, de sandes mista e iogurte, de biscoitinhos com leite quente, enfim. De TUDO menos de duas miseráveis bolachas de frutos vermelhos sem grande sabor.

Aaaahhhhhh. Sofrimento total!

Yay!


Quebrei a linha dos 85 (nunca mais, nunca mais, nunca mais...) e desci um ponto no meu IMC!



Agora é sempre a descer :) No momento em que vos escrevo, estou a comer este creme de chocolate, de que gosto bastante e faz parte dos packs da dieta:


Hoje já comi, ao pequeno-almoço, uma mini bolinha de cereais (da dieta) com um queijinho vaca que ri (não da dieta) e chá. Agora o creme. Ao almoço tenho medalhões de vitela (novamente, ufa, ao menos sei que não é nada horripilante) com puré de courgette, ao lanche chá e 2 bolachinhas (da dieta) e ao jantar lulas com molho de tomate (da dieta...espero que sejam boazinhas).

Já sei que ao chegar a casa - a temida "hora do lobo", de que sofro imenso - vou ter que comer mais qualquer coisinha, então comprometo-me aqui convosco a comer uma clementina e uma tosta integral com becel pro-activ magra. E é só!

Ainda não vos falei da água, pois para mim é tão adquirido que até me esqueço, mas bebo todos os dias, esteja em dieta mais restrita ou não, bastante. Entre água e chá ando certamente pelos dois litros. O que é, como sabem, muito importante, pois não só obriga os rins a trabalhar assim diminuindo a retenção de líquidos - que também me afecta -, como enche o estômago e engana a fome, levando a que se coma menos.

Por agora é isto! Estou contente com o andar da carruagem.

Boas dietas!

UPDATE:

Foto do almoço - até parece uma quantidade razoável! (é isso, Nut'ella, educa os olhos que eles também comem):

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

uma notícia


Isto da dieta do flash não está a correr nada bem, pois não? hahaha

Tenho-me sempre esquecido de fotografar as minhas refeições...mesmo hoje, quando me lembrei de fotografar o almoço, já estava assim...

Medalhões de vitela com legumes (eram três medalhões e muitos legumes...lol)

Café sem açúcar e um quadradinho do tal chocolate preto  - tem malagueta e sementes de linhaça torradas
Estou a fazer um programa alimentar. É uma espécie de desintoxicação de alimentos ruins que já tinha encomendado antes de começar o blog. Vai contra o meu princípio de emagrecer exclusivamente com recurso a reeducação alimentar, mas é só por uma semana. E também não o estou a seguir à risca :)

A dieta é da Diet4Home e o plano o "SOS". A ideia é, durante uma semana, comer apenas as refeições que já vêm preparadas, e que vêm separadas, neste plano, por caixinhas - vêm 7 caixinhas e em cada uma o conteúdo alimentar de um dia.

Comecei no Sábado (motivada pelos excessos de Sexta) e tive imeeeeeeeeeensa fome à tarde. É que se havia um pequeno-almoço satisfatório, um meio da manhã que não é nada de especial mas ainda enche e um almoço OK, o lanche limitava-se a duas míseras mini-bolachas...e chá! Depois à noite só sopa...De maneira que não aguentei e comi umas tostinhas com fiambre de perú. Além disso, eu já fiz outra dieta do género desta, embora mais restrita (a famosa LEV...um dia conto aqui a minha experiência) e, no final, quando deixei as refeições deles e passei a comer normalmente - sem maluqueiras - engordei tudo de novo. De maneira que decidi fazer este plano, sim senhor, mas "adaptado", isto é, não deixando em absoluto de comer alimentos ditos normais, para não fazer um corte radical, que não é o que se pretende.

Decidi fazer este plano, por vários motivos:

1- Para me dar um empurrãozinho - sabem aquela fase da dieta em que já perderam 2 ou 3 quilos e estão por isso super motivadas para continuar, cheias de força? É isso! Desde Sexta já perdi quase um quilo e sinto-me com a motivação necessária para, quando acabar o programa (na próxima Sexta), continuar a comer de forma leve e em quantidades pequenas;

2 - Para me habituar a comer em quantidades "de dieta" - nós achamos que comemos pouco. Mas não é até nos porem à frente aquilo que realmente são 50 gramas de carne ou peixe (que é o que se deve consumir numa refeição principal, para perder peso), que realmente vemos o quão pouco isso representa. Por exemplo, costumo almoçar num restaurante muito simpático perto do trabalho que tem "mini-pratos", ou seja, uma dose supostamente mais reduzida do prato do dia em questão. Pois digo-vos, pessoas bonitas, um mini-prato daqueles faz três das refeições desta dieta. É. Preciso de me habituar a estas quantidades e o programa está a ser útil nesse aspecto; 

3 - Porque, como disse, já fiz uma dieta deste género (a Lev) com refeições hipocalóricas e moderadamente hiperproteicas - se bem que esta seja muito menos restrita do que a Lev, comem-se na mesma hidratos de carbono e gorduras, embora em quantidades muito reduzidas -, pelo que sei que dá resultados e é tolerável, ao contrário de dietas tipo "da seiva" e desse estilo em que não se come nadinha.

De todo o modo, avisada que estou, decidi introduzir na dieta alguns hidratos de carbono extra, para não ficar, como me aconteceu com a Lev, com o metabolismo todo marado e hiper-lento - ele já é lentinho que cheque.

De maneira que o dia de hoje foi e será assim (vou assinalar o que não faz parte dos pacotes Diet4Home):

PA - Leite com café* + wafer de baunilha (bom)
Meio manhã - Sobremesa de baunilha (blhac)
Almoço - Medalhões de vitela com legumes + café* + quadradinho de chocolate preto*
Lanche - Chá de limão + 2 bolachas de amora
Lanche II - 1 tosta integral simples*
Jantar - Sopa de legumes + queijo fresco magro* e tomate cherry*

* - os itens assinalados com asterisco não fazem parte da dieta, foram adicionados por mim.

Boas dietas!

Segunda-feira um bocadinho melhor porque ontem foi dia de Óscares - e está sol


Monday, Monday...

(Já vos disse que adoro o grumpy cat? Aqui.)

Esta Segunda é um bocadinho melhor, debruçam-se belos raios de sol no nosso país à beira-mar plantado e ontem foi dia de Óscares. Eu e Mon Chéri gostamos muito de cinema, tentamos sempre estar em cima do acontecimento e ver todos os filmes considerados os melhores do ano pela indústria cinematográfica. Pelo que os Óscares, os prémios cinematográficos mais importantes do ano, são uma coisa importante lá em casa.

Helas, já ninguém tem vida nem energia para ver a cerimónia em directo e vir trabalhar no dia seguinte (começa à uma da manhã...cinco da tarde em Hollywood). Houve um tempo quando era uma miserável estudante sem horários para cumprir em que via a cerimónia TODA, do início ao fim, a vibrar com as piadolas dos apresentadores, homenagens especiais feitas na cerimónia, red carpets, e claro...com os vencedores!

Este ano, a meu ver justamente, repartiram-se os prémios por vários filmes, premiando-se o que de melhor cada um teve. De todos os filmes do ano, curiosamente, o que mais gostei foi mesmo o Argo, acho que é um grande filme feito de pequenas coisas - bela história a partir de um conceito simples e de um episódio histórico verídico, boa dose de emoção, bons actores (na sua maioria relativamente desconhecidos), boa caracterização da época quer nas cenas passadas no Irão, quer em Hollywood, bons momentos de comic relief (o produtor é hilariante), enfim palminhas para o Sr. Ben Affleck na sua estreia na realização! - penso que mereceu.

O Argo ganhou - e eu aplaudi!

O melhor actor tinha mesmo, mesmo, que ser o grande Daniel Day-Lewis, já que Lincoln vive e respira por causa dele, que é a única coisa boa a melhor coisa do filme - supreendente como Spielberg conseguiu fazer de uma temática interessante, com relevo histórico, que tinha tudo para ser um épico, uma épica monotonia. Adiante (que é o que apetece dizer durante o filme).

O grande DDL faz Lincoln valer a pena

Das moças...bem, aqui estou dividida. Se por um lado gostei muito de Silver Linings Playbook (Jennifer Lawrence + Bradley Cooper + filme fofinho sobre inadequados que se adequam um ao outro com direito a final feliz = o que há para não gostar?), gostei ainda mais de Zero Dark Thiry, que ficou quase ali empatado com Argo nos meus favoritos. Engraçado como não gostei mesmo nada do anterior filme de Kathryn Bigelow (The Hurt Locker, que levou os Óscares todos em 2010) e adorei este, para o qual a realizadora não foi nomeada. Corre por aí que terá a ver com o facto de alguns considerarem que o filme "branqueia" os métodos pouco ortodoxos de interrogatório dos prisioneiros de guerra - que é como quem diz, tortura - utilizados pela CIA durante a administração Bush, sendo a academia e o mundo cinematográfico maioritariamente democrata - a Primeira-Dama Michelle Obama até apresentou uma categoria a noite passada! :). De todo o modo, e por muito que goste, que gosto, da Jennifer Lawrence, se fosse eu a mandar - que belo mundo seria hahaha - este Óscar tinha ido para a querida Jessica Chastain.

Jennifer fofinha esteve muito bem em SLP e por isso levou o  Oscar para casa

Se Jessica Chastain ficou chateada por não levar o Oscar, assiste-lhe razão: a sua  obsessiva e sisuda Maya, que é o centro de Zero Dark Thirty, bem o merecia.

A melhor realização foi para Ang Lee, por "Life of Pi". Mon Chéri está chateado, pois não gostou nada do filme. Verdade seja dita, não é nada de especial em termos de história, enredo ou actuações. Mas é, sem dúvida, o filme mais bonito do ano. Tem imagens magistrais, planos lindos e uma bela combinação de elementos naturais e tecnológicos. Realizar (também) é isso. Para mim foi justo.

Uma das muitas mágicas imagens que compõem o filme
Palavrinha para os secundários: Christoph Waltz volta a dominar num filme de Quentin Tarantino. Comenta-se que foi uma surpresa, mas não vejo como. A persona é a mesma (embora a personagem seja diferente), a actuação é de novo nada menos que espetacular e se CW mereceu com todas as letras o seu Oscar em Inglorious Basterds, voltou a merecê-lo sem margem para dúvidas ao dar vida a um caçador de recompensas de coração mole em Django.

Não fiques surpreendido, Cristoph, dois já cá cantam!

O mesmo se diga relativamente a Anne Hathaway, em "Les Miserables", a sua prestação como a triste e de triste destino Fantine fez o momento mais emocional da adaptação ao cinema do grande musical (tenho um fraquinho pel' Os Miseráveis), e olhem que aquilo é um chorrilho de desgraças! Bem merecido. Dream the dream Anne!
O ar que a Anne fez ao saber que graças à sua prestação milhões de pessoas saíram das salas de cinema a assassinar vocalmente "I dreamed a dream in time gone byyyyyyyyyyyy"


E finalmente, o melhor filme estrangeiro: Amour. Amour é um murro no estômago de tão real. De tão "situação que já todos vivemos na nossa vida relativamente a alguma pessoa mais ou menos próxima". Uma crua e dolorosa reflexão do austríaco Hanneke sobre a velhice, a doença e os actos monstruosos que mais não são do que uma manifestação de amor - e mais não digo, para não ser spoiler. Para mim um sério candidato ao prémio de melhor filme e com a interpretação de Emmanuelle Riva a merecer também destaque pela sua interpretação de Anne (de novo, lamento dizê-lo, mais que a querida JLaw), não havia como Amour não ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro.

Amour, filme mais cru que sashimi e no entanto tão humano
E vocês, concordam com os laureados pela Academia? E com a minha opinião? Eu não sou crítica de cinema (mas gostava), no entanto é a minha arte favorita e, como devem ter percebido pelos meus bitaites, adoro ver filmes, dissecá-los e formar opinião sobre eles.

PS - Sim, este post não corresponde à temática dominante no blog, mas e então? Nem só de dietas vive a mulher  o homem, e ainda bem, importa diversificar interesses e manter a sanidade mental ;)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

IM.PRES.SIO.NAN.TE - das nossas crianças


Isto é serviço público - aconselho mesmo a todos a visualização e a reflexão sobre o tema.


(ou, se o vosso PC for jarreta como este meu, vejam no youtube, aqui)

Gente, isto é uma questão que me preocupa todos, mas mesmo todos os dias. Quando tiver filhos, como vou fazer? Certamente terão tendência para engordar, já que a minha também é genética (vem do lado da família do meu pai, que embora fosse magro em adulto, foi uma criança e jovem gordinho, e a tendência passou para mim e para o meu irmão). Penso que enquanto forem pequeninos e não tiverem noção de guloseimas - que farei questão de não lhes apresentar enquanto o puder evitar - vai ser relativamente fácil, mas e depois, na pré-primária, na escola e, pior, quando começarem a ter a sua própria mesadita, no ciclo?

Lembro-me da minha mãe, quando eu era criança, nos late 80's early 90's, se angustiar imenso quando me mandava na lancheira saudáveis sandes e frutas, que eu trocava com os outros miúdos por bollycaos e biscoitos (sempre me perguntei quem seriam aqueles miúdos, que na altura achava parvos, mas hoje acho que eles é que sabiam, que trocavam os lanches açucarados que os pais lhes mandavam pelo saudável e consciente conteúdo da minha lancheira). A partir do 5.º ano então era uma miséria - tinha a minha semanada para gerir e não havia dia em que, no intervalo grande das aulas, não fosse ao bar comprar um enorme bolo. Ou um chocolate. Ou ambos. Em frente à escola em que andei do 5.º ao 9.º ano havia três "papelarias", que competiam entre si na quantidade e variedade de gomas, balas e rebuçados que vendiam aos miúdos. 

Não quero que os meus filhos sejam obesos, porque conheço na pele o sofrimento e os problemas que isso traz. Felizmente nunca tive qualquer doença relacionada com a obesidade, o que não me liberta de vir a ter ou de os meus filhos virem a ter. Vou fazer tudo para o evitar, inclusive mostrar-lhes este documentário, quando tiverem idade para o compreender. Resta-me esperar que a minha "lavagem cerebral" surta efeito e que as escolas de hoje tenham mais e melhor noção do que pode e não pode ser disponibilizado para crianças comerem.

E vocês, o que fazem para que os vossos miúdos não comam porcarias a toda a hora? Há muitas birras culinárias aí por casa? 

PS - Adoro o Jamie Oliver e a sua missão de educar as pessoas, sobretudo crianças e pais, ensinando-os a comer bem. A série dele relacionada com a implementação de refeições saudáveis nas escolas do Reino Unido também é impressionante - o único vegetal que aqueles miúdos conhecem é a batata...frita!

PS2 - Viram que perdi dois quilos? Estou contente!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

pessoas...

...isto ontem foi uma desgraça! Mon Chéri e eu temos um grupo de amigos muito fofinhos e, como temos todos vidas profissionais muito ocupadas, costumamos juntar-nos em casa de um de nós (ou nalgum restaurante se ninguém estiver com paciência para cozinhar) ao fim-de-semana e fazer jantaradas. Bom para a vida social, péssimo para a dieta! 

Ontem foi cá em casa. É preciso dizer que eu adoro receber e cozinhar, é uma coisa que dá trabalho e despesa, mas que me dá muito prazer - no dia em que tenho pessoas cá em casa faço planos desde manhã, procuro receitas, vou às compras à hora de almoço já com ideia do que vou cozinhar e logo que chego a casa começo a preparar tudo. 

É tão bom ter Amigos!


Ontem começou muito bem: decidi fazer um prato de peixe assado, com arroz árabe e saladinha. Light, certo? Mas não. Com entradas e sobremesas foi uma verdadeira bomba calórica! De entrada fiz queijinhos chévre mornos de duas maneiras - uns com mel e tomilho, outros com compota de morango (sem açúcares adicionados, para minimizar a desgraça) -, salmão fumado com limão, pão, linguiça picante e dip de azeite e vinagre balsâmico. Achei que os chévres eram imensos - mandei Mon Chéri às compras enquanto passeávamos Bicho e ele, como homem preocupado que é, trouxe mooontes de queijo e ainda a sobremesa que ele quis fazer (para além da que eu já tinha planeado), mas desapareceram todos - acho que estavam deliciosos!

De sobremesa, fiz ananás assado com canela e gelado de côco (que fez sucesso, uma espécie de piña colada de comer) e Mon Chéri fez um um molho de chocolate branco para pôr em cima de uma pequena tarte brigadeiro, a acompanhar o café. Felizmente, o pessoal gostou e foi tudo! O pior para a dieta é ficar com restos para a manhã seguinte - mas ontem a gulodice de todos falou mais forte e só sobrou mesmo um pouco de arroz e peixe.

Resumindo e concluindo, abusei do queijo, que adoro (nham nham ainda para mais quentinho e com doce), dei-lhe bem no gelado e ainda investi fortemente no chocolate branco - de brigadeiro comi só uma fatia pequenina, mas do molhinho...enfim. Uma desgraça.

Hoje de manhã não me pesei, pois sei que ganhei uns gramas, no mínimo. Hoje porto-me bem, vou tentar fazer um pouco de exercício e peso-me amanhã. Pode ser?

Bom fim-de-semana!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Dos ideais de beleza



Kaela Humphries - plus size model e tão bonita

Se há coisa que eu gosto de fazer sempre quando não estou a pensar/trabalhar/debater acerca de assuntos sérios e intelectualmente exigentes é apreciar a beleza de mulheres. Sorte a minha, é um assunto que a maior parte dos meus amigos homens (e mulheres também) adora discutir.

A maior parte dos homens prefere-as com curvas, mas sem barriga nem celulite nem flacidez. Facto e ponto assente. Já conheci quem as ache mais bonitas baixinhas e cheiinhas como a sardinha e a mulher portuguesa, altas e matulonas, altas e escanzeladas, do tipo petite (baixinha e magrinha), do estilo suave ("nunca vi um ginásio") e do estilo "malhado" ou "sarado" como dizem os nossos amigos brasileiros.

Eu pessoalmente não ligo à altura - para mim o mais importante é, em primeiro lugar, uma cara bonita e depois um corpo bem feito, independentemente de ser alto ou baixo, mais cheiinho ou mais magrinho. Se calhar porque meço 1,59 e quanto a isso não há nada a fazer hehehehe - tirando aquelas operações sinistras que se fazem muito na Ásia de cortar os ossos das pernas e pôr-lhes umas extensões de titânio ou lá o que é, com anos de recuperação, para crescer 7 centímetros. Mas, surpreendentemente, não tenciono ir por aí.

De maneira que, se fosse homem ou homossexual - que não sou -, o tipo de mulher que me atrairia seria assim, com um carão de parar o trânsito, olhos expressivos e lábios cheios, nariz direitinho e cabelo bonito. Já me ganhava!

Tara Lynn - mais um arrasão plus size. Epá, esta miúda é mesmo linda.
Do que não gosto mesmo de ver, em mulheres ou homens, é de corpos que, por excesso ou defeito, não me pareçam saudáveis - pessoas morbidamente obesas ou escandalosamente magras só me suscitam reacções de preocupação ao invés de admiração ou atracção. O meu limite de magreza anda ali nas Angels da Victoria's Secret (e não todas, pois considero algumas já demasiado magras).

Adriana Lima: linda e magrinha-sexy

Behati Prinsloo: linda e magrinha no limite

Karlie Kloss: linda, mas na minha opinião demasiado magrinha

Já o meu limite de gordice anda aqui pelas plus size models... (homens, estão a gostar deste post?)

Chloe Marshall: linda e curvilínea

Kaela Humphries: linda e gordinha

Tara Lynn: linda e gordinha no limite

Já o meu ideal, o estilo a que me proponho chegar (vá...perto ;), andará por aqui, como boa latina que sou:

Monica Belucci - provavelmente a mulher mais sensual do mundo 

Eva Mendes 


A minha querida Sofia que além de linda e va-va-voom parece ser uma fixe

E vocês, o que acham bonito e menos bonito? Qual é o vosso ideal de beleza? Eu sei que andam por aí, o blogger disse-me :) Metam a vossa colherada!

UPDATE: Já agora, para quem se anda a perguntar afinal como é que eu estarei de corpo, adianto que é mais ou menos ali como a Tara Lynn, no segmento das gordinhas. Com menos barriga e mais coxão (lá está,  latina).

Dieta do flash


Pronto. Estragou tudo. Vai-se meter numa dieta daquelas supostamente milagrosas, perder uma data de quilos, depois abandoná-la e engordar ainda mais! - não não queridos leitores. Eu conheço essa estrada (um dia não muito distante deste falo-vos dela...) e não quero voltar a percorrê-la. Falo de uma coisa diferente. Explico:

A dieta do flash não é uma dieta no estrito sentido do termo - pois não compreende a elaboração de qualquer plano alimentar, mas é uma forma de o "dietante" (esta palavra não existe) controlar o que come, colocando-se numa posição exterior ao que realmente é, designadamente uma pessoa cheia de fome prestes a atacar um prato de comida. 

Consiste em algo muito simples: antes de comer tirar sempre uma fotografia ao prato que se está prestes a atacar, olhar para a fotografia e reflectir sobre a quantidade e qualidade de alimentos que se está prestes a ingerir. Convida a uma observação externa, mais imparcial e menos emocional do que aquela que temos normalmente ao pedir um determinado prato ("que bom aspecto") ou ao elaborar qualquer refeição ou snack ("só isto não vai fazer mal").

Pesquisas dizem que a maior parte das pessoas, após observar o seu prato na fotografia, não come o seu conteúdo inteiro, pensando duas vezes na quantidade e tipo de alimentos de que necessita.

Como me parece que isto até faz sentido e se integra no conceito "reeducação alimentar" da minha dieta, vou começar a pôr a teoria em prática e colocar aqui, sempre que me lembrar, as fotos das minhas refeições. Ao almoço já me esqueci, quando me lembrei da fotografia o meu prato já não tinha muito para amostra. Mas até fui uma linda menina, as espetadas de frango e ananás vinham enroladas em presunto e aqui a yours truly o que fez? Tirou o presunto e comeu o franguinho e o ananás, com duas colheres de arroz, cenoura ralada e beterraba. Ah pois é :)


Fica aqui então o pequeno almoço de hoje:



É favor ignorar a trinca que já tinha dado no pão com fiambre quando me lembrei de fotografar

O meu pequeno-almoço aos dias de semana é sempre muito simples e rápido, até porque gosto de sair cedo e não tenho tempo a perder em comezainas. No entanto é uma refeição que faço sempre, mesmo que não tenha muita fome.

A base é esta: uma fatia de pão (ou duas se forem mais pequenas) escuro - de cereais, centeio, integral, etc. -, torrado ou não com um pouco de becel pro-activ (evito manteiga mesmo magra, já que a gordura vegetal é sempre preferível e gosto do sabor desta becel) e 2 fatias de fiambre de aves OU queijo magro OU requeijão magro OU queijo fresco + chá de limão + café (sempre e sem açúcar).

Sobre o chá de limão: não é mesmo chá. É agua quente com uma rodela de limão espremida lá para dentro - uma espécie de carioca de limão grande. Li algures que beber isto em jejum é muito bom e desintoxicante, pelo que comecei a fazer, habituei-me e gosto bastante. Bebo todos os dias, em vez de leite (magro) que era o que bebia antes.

Mais sobre a "dieta do flash" e histórias inspiradoras (como a da Larissa Bertani, a moça brasileira autora do blog "meu emagrecimento" que podem encontrar nos blogs que sigo, ao lado) aqui.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

troll

Só para vos dizer que hoje, acicatada por artigos que andei a ler por aí na net que defendem que o chocolate preto emagrece quando comido em doses diminutas, fui comprar uma tablete à hora de almoço.

Trouxe chocolate preto 73% com pimenta rosa da marca Newtree, que não conhecia, nunca tinha provado e é muito bom. Foi o chocolate com maior concentração de cacau que encontrei, por isso trouxe-o, embora prefira chocolate de leite porque é mais docinho e eu sou uma gulosona, mas sei que este faz melhor e engorda menos.

De facto este, por cerca de 4 quadradinhos (20 gramas) tem apenas 100 calorias (o total de 80 gramas tem portanto 400 calorias), o que não é, efectivamente, muito.

Comprei-o e trouxe-o para o meu posto de trabalho, confiante de que não comeria mais do que dois quadradinhos por dia, como defendem os tais artigos da internet - que toda a gente sabe como é sábia e conhecedora da vida - que se deve comer diariamente para emagrecer com maior sucesso.

Comi 12. 

Troll.

a história II


...continuação do post anterior (para não vos cansar ;))

Entretanto, entrei na Faculdade e o peso andou sempre por ali, 74, 72, 76, 75, 71 não passava muito disso. Durante os anos de faculdade vivi tudo muito intensamente e não tive particulares cuidados com a  saúde ou com a alimentação - é uma época de excessos, por excelência, e ainda bem que os cometi, pois posso seguramente dizer que vivi o que tinha que viver e se hoje sou uma pessoa completa e bem resolvida devo-o a ter experienciado muita coisa, conhecido muitas pessoas, todas muito diferentes, dormido poucas horas, bebido muitos copos, acreditado em muitas causas, sentido muitos nervos à procura do meu nome nas pautas e, o mais importante, feito amigos para a vida durante esses anos tão fundamentais para definirmos quem somos e o que queremos ser. Apesar de tudo não engordei, talvez porque o que comesse a mais fosse compensado bailando até altas horas - exercício aeróbico intenso :) Nesta altura era um bocadinho mais gorda que a média, mas não me destacava particularmente pelo peso, havia muito mais miúdas como eu e ainda mais gordinhas, pelo que a gordura em muito pouco implicou na minha vida nem me impediu de ser feliz. No entanto, sempre tive a preocupação estética de não engordar.

Lá para o meio da Faculdade fiz Erasmus e essa experiência de sair do ninho a sério pela primeira vez, que foi tão positiva em tudo o resto, revelou-se desastrosa em termos de peso. Engordei imenso a comer um montão de porcarias e nem a vida festiva me safou desta vez - voltei aos 82, 83. Aqui já me destacava pelo peso. No entanto, logo que voltei para Portugal o peso a mais desapareceu como por magia! Mesmo! Até hoje não sei como o perdi e tenho rezado para que volte a acontecer, sem sucesso, obviamente. Porquê??? Peso, desce como desceste quando voltei de Erasmus! Ordeno-te!

Enfim, voltei aos 74, 75, comecei a trabalhar e, saindo novamente de casa, engordei um pouco, fiquei ali nos 76, 77, a vestir o 42 de calças de ganga sem elasticidade, sentindo-me novamente gordinha.

mas nem tanto...Senti só que trabalhar (num trabalho sedentário como é o meu) engorda p'ra xuxu


Um dia, sem que nada o fizesse esperar, aconteceu a melhor coisa da minha vida - conheci e apaixonei-me por Mon Chéri (eu juro que queria chamar-te Ferrero, que é o melhor bombom de sempre e ainda por cima tem nutella no recheio - era perfeito! Mas depois lembrei-me do Mon Chéri e pronto, teve que ser...ficaste Mon Chéri :)). Mon Chéri é tudo de bom, o amor da minha vida, "o pináculo da criação" como canta o outro e a minha melhor metade. Mon Chéri e eu apaixonámo-nos perdidamente um pelo outro, caímos nos olhos e nos braços um do outro para nunca nunca nunca mais nos separarmos. Só estar aqui a escrever sobre Mon Chéri, passados já alguns anos, faz-me sorrir como uma adolescente embeiçada. Que bonito ;) 



Mon Chéri e eu, a olharmos as estrelas juntos para sempre

Pois está bem, és muito feliz e apaixonada. E o que tem isso a ver com o peso, perguntam vocês? Pois tem tudo. TUDO. Nos primeiros meses foi uma alegria. Pensava em Mon Chéri, o estômago enchia-se de borboletas e fome nem vê-la. Puf, desaparecida. Só pensava em Mon Chéri, respirava Mon Chéri, sonhava com Mon Chéri e queria ser bonita para Mon Chéri - uma paixão assolapada portanto. E vai daí que cheguei aos 66 quilos. Sessenta e seis. O menor peso que tive em toda a minha vida adulta. Para sair do excesso de peso só faltavam 3 - o IMC normal para a minha altura tem como limite máximo os 63 quilos. Mas eu sentia-me bem, além de muito feliz, estava contente com o meu corpo, era curvilíneo mas rijo e esguio - é preciso dizer que eu sou maciça, não pareço pesar o que peso. Ilustrando, estava a vestir 38 de calças de ganga sem elasticidade. 36 de saias e vestidos. S/M de camisolas, tops e blusas (tirando camisas não elásticas, em que vestirei sempre L, pois tenho ombros largos e peito grandinho). Se tivesse ficado para sempre assim ficava muito contente. Mas nãããããoooo!!! A paixão do tipo "esquecer de comer" deu, inevitavelmente lugar ao amor "vamos ver o mundo todo juntos" e foi - ao nível do peso, claro, pois a todos os outros foram e são os melhores momentos da minha vida: a dois, com ele - o descalabro.

Era jantares românticos...


Era pequenos almoços de hotel...


Era brunch...


Era pizzaria do bairro (tão boa...)


Era ir ao cinema...

Era ver um filme em casa...


Eram as comidinhas típicas em viagem...




Enfim, uma vida maravilhosa todos os dias!!! Ainda por cima Mon Chéri a fazer-me todos os dias sentir a mulher mais bonita do mundo :) Mas dia após dia, ano após ano, a minha tendência para engordar acordou e revelou-se em grande! Um quilo, depois outro...E assim cheguei à maravilhosa conta de 88 quilos que vi na balança há dias atrás. Não pode ser, pois não? Não.

Decidi. Sou a mulher mais feliz do mundo, tenho tudo, o melhor marido de sempre (sim, casámos, num perfeito e tão tão feliz dia de sol de 2012 ;)), uma mãe para lá de espetacular, grandes e preciosos amigos, um cão que adoro, um emprego fixo, uma casa linda...e, para completar o quadro, gostava de ser magrinha. Os 58 quilos que estabeleci como objectivo sempre foram um sonho - que, como viram, nunca consegui alcançar. Mas é desta, ou não é? Claro que é! 1,4 quilos já lá vão! Conto convosco???

NUNCA DESISTIR!

a história I


Sempre fui uma miúda gordinha. Isso não me incomodou muito até ao secundário, primeiro porque sendo gorduchinha não era obesa e depois porque isso não afectou em nada a minha vida até à adolescência. Claro, a partir aí do 5º ano levei gozo dos outros miúdos, mas toda a gente levava - era o do aparelho, o dos óculos fundo de garrafa, a das pernas de alfinete, o do cabelo oleoso, a das borbulhas, o que nunca mudava de roupa, a betinha parva, a marrona, enfim.  A idade do armário faz parte da vida, enrijece o carácter e não advém daí (na maior parte dos casos, não estamos a falar de bullying a sério) grande mal. No entanto, sempre fui uma criança e adolescente alegre, com muitos amigos, boa aluna e popular.


Rico Rodriguez, o "Manny" de Modern Family - a melhor série de sempre

O problema começou no liceu. A pernas de alfinete ganhou corpo, a das borbulhas ficou com pele de bebé e eu...eu engordei. Engordei a sério. Começaram as saídas à noite para a discoteca, as trocas de roupa entre amigas, os namoricos e as "curtes", e tudo isso me passou ao lado. Apesar de continuar a ter muitas amizades, algumas que duram até hoje, o meu grupo passou a ser sobretudo de raparigas, porque os rapazes...esses já só viam miúdas à frente e eu não encaixava nos requisitos pedidos - era gordinha e baixinha. Cheguei aos 86 quilos. Saía à noite com as amigas, mas não via grande interesse naquilo - passada a novidade d' "o que é uma discoteca" era sempre o mesmo, as amigas iam lá para conhecer rapazes, davam  uns beijinhos e eu nada. Não podia trocar roupa com elas, pois eram todas magrinhas. Nas conversas sobre rapazes não tinha muita coisa a dizer. Tornei-me a "melhor amiga" em vez de ser a protagonista da minha vida. Aborreci-me.



Com 16 anos, fiz uma super-dieta durante vários meses - não comi doces, nem fritos nem porcarias, almoçava infalivelmente peixinho grelhado com arroz e salada (cozinhado para mim, pois claro), comia snacks saudáveis (tipo...fruta) e jantava sopa ou ocasionalmente carne grelhada com salada. Madrecita sempre me deu inabalável apoio na minha decisão e encorajava-me quando me sentia prestes a desistir (aliás, como ainda hoje <3). Comecei a ir ao ginásio. Naqueles tempos era aeróbica e musculação e pronto, não havia cá grandes variações. Eu era mais da aeróbica. Assim, a meio do 12º ano, lá estava eu com 14 quilos a menos - 74 quilos, ainda para o cheiinho, mas nada que se parecesse com obesidade, a sentir-me em forma, com as roupas a assentarem-me bem e mais feliz. Ainda por cima tinha umas madeixas loiras novas, todas nice! O meu cabelo é castanho clarinho dourado, pelo que me ficavam bem. Cabelo é uma das minhas grandes paixões. Lá iremos.

Era mais ou menos (ênfase em mais) isto, mas em loiro ;)


a história continua...



88

O número na balança abateu-se sobre mim sem qualquer pré-aviso. Meço 1,59 metros e nunca pesei tanto. O meu IMC diz que tenho obesidade de Grau I, ali pouco antes limite do Grau II, e eu não gosto. É a única coisa na minha vida que gostaria realmente de mudar (bom, também gostava de ganhar o euromilhões, mas perder peso parece-me, apesar de tudo, mais realista). Vou fazer tudo para mudar isso e para tal conto com o apoio deste blog, que é como um diário alimentar, tirando o facto de ser público, pelo que quem entender por pertinente pode-me vir aqui dar na cabeça quando fraquejar ou encorajar-me quando tiver sucesso.

Já há cerca de duas semanas que tenho vindo a ter cuidado com a alimentação e, como resultado, perdi 1,4 quilos. Quando digo cuidado é: evitar doces e fritos, bem como batatas e hidratos de carbono muito pesados à noite. Mas tudo isto com muita batota e pensamento na onda do "fins-de-semana não contam".

De maneira que a partir de hoje vou ser séria comigo própria nisto das dietas. Pois mais do que com os outros, importa sermos sinceros e verdadeiros connosco, diagnosticar o que está mal e trabalhar no duro para o melhorar.

O método será a reeducação alimentar. Não digo que uma vez ou outra não experimente a dieta X ou Y, mas serão situações esporádicas, para variar, pois já fiz todas as dietas do universo e sei que a que melhor resulta é aquela que não é encarada como uma dieta, mas como uma mudança do estilo de vida. É a cartilha que todos conhecem, já que para a perda de peso não há milagres:

- Comer 6 vezes ao dia, pouco de cada vez. O que prefiro fazer é pequeno-almoço, meio da manhã, almoço, lanche I, lanche II e jantar. Há quem prefira fazer só um lanche e depois cear, mas como a minha maior altura de fome é a tarde, sobretudo quando chego a casa do trabalho, prefiro fazer dois lanches mais pequenos em vez de enfardar pão e tostas como se não houvesse amanhã;

- Evitar ao máximo doces, fritos e refrigerantes - decidi conceder a mim própria uma asneira semanal. Mas não é um dia inteiro de asneiras, nem sequer uma refeição inteira de asneiras (bye bye amado brunch), mas UMA asneira: uma sobremesa OU um chocolate OU um bolo OU uma massa com molho OU uma pizza OU um risotto (o que é isto das comidas italianas???), enfim, estão a perceber o esquema.

- Não comer hidratos de carbono depois das 19:00 horas - vai ser um desafio.

E é assim tão simples. Querem apostar como, se cumprir isto à risca, perco infalivelmente os 30 quilos até 15 de Setembro de 2013? É um quilo por semana...nada de especial, certo? Bora lá, 3, 2, 1..........GO!!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O início


Hoje, Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2013, marca a entrada desta que vos escreve na blogosfera.

Isto não é bem verdade, mas era para dar mais impacto! Aqui a escriba já teve um blog quando era pequenina, que não mais existe e foi participante num blog colectivo, de que guarda saudades mas que apenas fez sentido como meio de manter contacto com os seus quando esteve, em tempos, ausente do país, o que já não é o caso. 

De maneira que este é o primeiro blog individual "a sério" de que esta que vos escreve é autora, e serve um mui nobre e específico propósito, em nada comparável a esses excelsos blogs sobre política, economia, puericultura, moda e traquitanas diversas que pululam pelo blog-mundo: este blog serve para me ajudar, e a vocês, queridos leitores (a sério, ainda estão com paciência para ler??), caso precisem, a perder uns quilos. Valentes. Uns trinta quilos. É que preciso de os perder e estou farta de não conseguir. Depois explico.