quinta-feira, 27 de novembro de 2014

prós & contras

Ontem foi dia de consulta na nutricionista do ginásio, por conseguinte vou colocar o plano alimentar que ela me fez no separador "plano alimentar" para que possam conhecê-lo. Verão que é super equilibrado e altamente fazível sem passar fome nenhuma. O problema são as tentações, mas tenho que as vencer senão só me estou a enganar a mim própria, não é?

A nutricionista deu-me a tarefa de listar os prós e os contras de fazer dieta/adoptar uma alimentação saudável/fazer uma reeducação alimentar e pensar em soluções para os contras.

Assim fiz a minha lista:
Prós
Contras
Perder peso, e consequentemente:
A vida social. As festas (tipo casamentos), os jantares com amigos e a sua insistência para que comamos o que eles comem (não o fazem por mal, mas aquele “não é uma vez que te vai engordar” mata-me), bem como a verdadeira provação à força de vontade que é não comermos o que todos os outros estão a comer + não querer fazer desfeita ao anfitrião são os maiores inimigos de uma dieta.
Melhorar aspecto estético e caber nas roupas de todas as lojas
Dificuldade em seguir a dieta em viagem e durante as férias (pequenos-almoços de hotel, querer experimentar a gastronomia local, inclusive guloseimas)
Melhorar saúde – menos colesterol e tensão arterial mais baixa, melhor saúde reprodutiva
Alimentação que dá mais trabalho a preparar e é mais cara
Alimentação mais natural e menos processada – comer o que vem da terra e do mar e não das fábricas e não se sabe bem de onde

Menor risco de desenvolvimento de doenças associadas ao consumo de alimentos artificiais/processados, como alguns cancros






SOLUÇÃO PARA OS CONTRAS: Quanto ao primeiro contra, a solução é só fazer ouvidos moucos e manter-me fiel ao meu objectivo com imensa força de vontade. Procurar apoio nas pessoas que conhecem e apoiam os nossos objectivos: marido, mãe, melhores amigos. Se só nos servirem gordices ao jantar, usar a fórmula mágica: nada de entradas, menor quantidade de comida no prato principal (a quantidade equivalente a um prato de sobremesa chega) e nada de sobremesa. Um e só um copo de vinho. Ou então deixar para esta ocasião a refeição “bónus” da semana.

No que respeita às viagens e férias, este para mim é capaz de ser o objectivo mais difícil de conseguir, porque eu, confesso, sou uma foodie. Adooooro experimentar todas as iguarias de um país, para mim faz parte da experiência de viajar e não posso abdicar disso sem ficar com a experiência de férias incompleta. Apesar disso, como em viagem passo todo o tempo a andar de um lado para o outro, acabo sempre por emagrecer mesmo empanturrando-me J Por exemplo, nos próximos tempos vou passar uns dias a Itália, desta vez a Veneza (onde já estive, mas só um dia, há muitos anos e de que me lembro mal). O que tentarei fazer, para não engordar ou mesmo tentar emagrecer qualquer coisa é aplicar alguns truques:
  1. Comer como comeria em casa ao fim-de-semana no pequeno-almoço de hotel. Já tenho conseguido aplicar este truque, comer um pão de sementes com queijo ou fiambre (ou uma taça de granola ou cereais), uma tacinha de fruta fresca (se forem conservas nem tocar) com iogurte natural, um sumo natural e um café com leite. Normalmente adiciono uma bolachinha, vá. Até porque, depois de algum tempo numa vida viajadeira como a minha, e a menos que vamos para um sítio realmente exótico com coisas diferentes para comer, os pequenos-almoços de hotel, com maior ou menor variedade, acabam por ser todos parecidos;
  2. Tentar comer um exemplar de cada iguaria calórica local. Assim, tomando o exemplo de Veneza, comer uma vez (máximo duas, os gelados italianos são de morrer…) gelado, uma vez gnocchi, uma vez risotto com marisco, um bellini, um tiramisù, etc.. Sem nunca repetir e sem nunca abusar. Evitar as extensões: pizza não é típico de Veneza, então não entrará no menu.
  3. Controlar as quantidades. Este é que é mesmo o segredo. Se comermos um bocadinho de cada coisa, mas pouco até podemos não emagrecer com todas as maravilhas calóricas que vamos provar, mas também não vamos engordar.
  4. Em trânsito (nos aeroportos, estações de comboio, etc.) evitar os restaurantes fast-food e apostar nos de saladas (tipo vitaminas), nas frutas frescas embaladas (já há em todo o lado) e nos omnipresentes sumos verdes. Isto é, guardar a gula apenas para o destino e não para a parte da viagem, por muito tentador que possa parecer ir almoçar um double cheeseburger com batatas antes de apanhar o avião. Conselho avisado: não comam sushi tipo self-service nos aeroportos. Já me custou caro.

Quanto ao terceiro contra, o trabalho que dá preparar comida saudável e ao dinheiro, azarucho, como dizia o outro, não há nada melhor para investir tempo e dinheiro do que na nossa saúde física e psíquica. Vale o esforço.


Aconselho-vos a que façam também esta lista, pois além de nos dar motivação extra com os “prós” de passar a comer bem, também nos permite tomar consciência das vossas maiores dificuldades e ter presentes as soluções que pensámos para elas. O elemento surpresa nunca é bom numa dieta – todas nós sabemos isso, basta pegar no exemplo de ter um dia inesperadamente stressante e listarem o que comeram nesse dia - e por isso é muito positivo sabermos com o que podemos contar.

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